O projeto “Comunidade Indígena” do segundo ano do Fundamental I, oferece oportunidades para as crianças perceberem que os povos indígenas foram os primeiros habitantes das terras brasileiras e, até hoje, conseguem manter formas de relações sociais diferentes das que são predominantes no Brasil. Os alunos conhecem os costumes e as relações sociais dos povos indígenas e os diferentes tipos de trabalho do seu cotidiano. A preocupação em identificar alguns grupos indígenas possibilita a compreensão da existência de diferenças entre os próprios grupos indígenas, como costumes, línguas, evitando criar a imagem do índio como povo único e sem história.                              

A professora Sueli Barros, lê para os alunos histórias que contam como vivem. Daniel Munduruku é o autor das histórias fantásticas que encantam a todos. Em “Índios do Brasil” de Hernani Donato e “A questão do índio” de Fernando Portela e Betty Mindlin, são extraídos alguns textos críticos para discussão em sala, além das lendas e mitos indígenas. Para enriquecimento do projeto é realizada uma  viagem à Fazenda Santa Luzia.             

A Escola Interativa visita a Fazenda Santa Luzia, no município de Sales de Oliveira e os alunos interagem com os índios Kuikuros. Anualmente a fazenda recebe 50 índios do Parque Nacional do Xingu, que apresentam as formas culturais à estudantes de diversas localidades.  Lá podem observar o dia a dia indígena. A fazenda reproduz exatamente o ambiente em que vivem, como as ocas xinguanas, a alimentação à base de peixe e biju, a qual estão acostumados. Ali fazem demonstração de seus rituais, como o Karup (homenagem aos mortos), a dança do macaco (kaju), a pintura do urucum e a luta huka huka. É importante esta viagem, pois vivenciam o que até então só viram nos meios de comunicação. 

Na sala de aula as reflexões e observações voltam estar presentes, tornando assim uma discussão rica de informações vivenciadas no meio cultural indígena.